Arquivo

Posts Tagged ‘Santo André’

Dono de loja de fogos usa camiseta com a palavra “destruir” em delegacia

28/09/2009 Comentários desligados

logo_Notícias

Sandro Castelani prestou depoimento à polícia nesta segunda-feira (28)

Márcio Fernandes/AE
Foto por Márcio Fernandes/AE
Sandro Castelani disse que curto-circuito provocou explosão da loja de fogos

O dono da loja de fogos de artifício que explodiu em Santo André, no ABC, prestou nesta segunda-feira (28) depoimento no 3º Distrito de Polícia da cidade. Em seguida, falou com jornalistas sobre o acidente. Sandro Castelani vestia uma camiseta vermelha com palavra “wipeout”. Na tradução do inglês, ela significa destruir, fazer desaparecer. Entre os surfistas, a expressão significa arrebentação de ondas grandes.

Ele disse que a tragédia foi provocada por um curto-circuito. Sandro Castelani se apresentou à polícia da cidade na manhã desta segunda-feira (28) e contou como o acidente ocorreu.

Em entrevista coletiva no início desta tarde, o delegado Alberto Mesquita, titular do 3º DP de Santo André, disse que, logo após a descarga elétrica, Castelani ouviu alguns estouros no interior da loja. Ele desceu do local para chamar os bombeiros, mas antes disso começou a explosão.

Por volta das 15h10 a entrevista ainda ocorria na sede do 3º DP. A mulher de Castelani também participa. Conceição Aparecida Fernandes disse, entre lágrimas, que o que ocorreu foi uma “fatalidade”. Castelani deve ser indiciado em até 30 dias, após a conclusão do laudo da perícia.

A tragédia aconteceu na última quinta-feira (24) na Vila Pires. A loja explodiu por volta das 12h. Duas pessoas morreram e 12 ficaram feridas. Quatro casas tiveram que ser demolidas porque tiveram grande parte da estrutura atingida pela explosão. Outros 30 imóveis foram interditados por um dia.

Fonte: R7

post antigo sobre o Futebol ao vivo na Rede Vida de Televisão!

O MULTIGOLB APENAS DIVULGA AS ATRAÇÕES DA TELEVISÃO! PROCURE UM TÓPICO MAIS RECENTE POIS ESSES JOGOS JÁ PASSARAM. MUITO OBRIGADO!

POST DE 11/11/2008.

No próximo fim de semana, acompanhe as partidas:

Dia 15, sábado, às 19h: C.A. Sorocaba x Santo André EC, direto de Sorocaba pela Copa Paulista de Futebol;
Dia 16, domingo, às 10h: Batatais FC x Pão de Açúcar EC, direto de Batatais pela Paulista da 2ª Divisão.

Fonte: site da Rede Vida

Nayara diz que não perdoa Lindemberg pela morte de Eloá

03/11/2008 Comentários desligados

Nayara Silva não quer voltar para a escola e diz que tem medo de um dia reencontrar Lindemberg. Na tarde de sábado (1º), a adolescente falou ao Fantástico sobre os quatro dias em que esteve à mercê de um jovem frustrado e violento.

A testemunha-chave do seqüestro que chocou o Brasil revela o que aconteceu dentro de um apartamento em um conjunto habitacional de Santo André, no ABC. Ela diz que desde o começo Lindemberg afirmava que tinha propósitos definidos. “Ele falava que tinha entrado ali para matar a Eloá e se matar”, conta.

A adolescente diz que Eloá propôs reatar o namoro, mas Lindemberg não aceitou. “Ele dizia: ‘você vai voltar comigo por medo, e eu não quero isso’. Falava: ‘eu não quero mais ficar com você. Eu vim aqui para te matar e eu vou te matar”, afirma.

Segundo Nayara, Eloá apanhou do ex-namorado e, apesar das agressões, o jovem tinha alterações repentinas de humor e tentava beijar a ex-namorada. Nayara diz que as tentativas de aproximação e de intimidade não foram além.

Após o pedido das jovens, os dois amigos que estavam no apartamento foram liberados ainda na segunda-feira (13). Nayara diz que ela foi libertada no dia seguinte após contar para Lindemberg que não encontrava o pai havia um ano.

“Aí ele ligou e conversou com o meu pai e falou que ia dar uma segunda chance pra ele. Que ele ia me libertar e ele ia ter chance de ser meu pai de verdade”. A adolescente diz que a libertação não tinha relação direta com o corte da eletricidade do apartamento, segundo o seqüestrador.

Volta ao cativeiro

Libertada, a adolescente prestou depoimento e voltou para casa, onde foi buscada no dia seguinte. Lindemberg exigia que Nayara e Douglas, irmão de Eloá, fossem até o prédio. Era uma condição para o fim do seqüestro, que já durava quatro dias. “Não sei se eu queria ir. Mas eu não discuti”, relembra.

A amiga de Eloá conta que nenhum policial pediu autorização a sua mãe para que ela retornasse ao local. Conta também que não foi orientada para evitar aproximação. “Pelo menos que tivesse aconselhado. Dado algumas dicas, tipo ‘se ele começar a falar para você se aproximar, você não se aproxima. Tenta recuar’, alguma coisa desse tipo, não é?”, lembra a adolescente

Ela lembra ainda que não foi alertada para a possibilidade de Lindemberg não cumprir com o que tinha combinado. “Eu acho que eles deveriam ter cogitado essa hipótese, porque ele falou muita coisa e não cumpriu, né?”, disse.

Com a amiga sob ameaça de uma arma, ela acabou entrando no apartamento. Naquela noite, Eloá teve uma crise nervosa. “Ela começou a gritar e pedir a ele para matar ela, matar ela (sic). Aí ele pegou e apontou a arma pra mim. Aí como ela não parava de gritar, ele me deu dois tapas no rosto. Mas foi tapa leve, mais para assustar ela do que para me machucar. Foi onde ela começou a se acalmar”, disse.

Barbie

Horas depois, Eloá e Lindemberg voltaram a discutir. Nayara fingia que dormia, e ouviu Lindemberg dizer que mataria a “Barbie”, a culpada pela separação. “Barbie” é o apelido de Nayara.

Na opinião da adolescente, o dia mais calmo no cativeiro foi a sexta-feira, quando ocorreu o desfecho do seqüestro. “Porque ele estava garantindo que ia sair todo mundo”.  Horas antes do fim trágico, Lindemberg mandou as meninas se agasalharem, porque elas seriam libertadas naquela tarde.

“Aí ele já falou: ‘Eu não vou sair. Só vocês duas vão sair’. Aí ele já começou: ‘Vai Eloá, desembucha. Quem tirou você de mim? Foi a Barbie? Foi a professora?’ A professora, no caso, é minha mãe”, disse. Segundo ela, Lindemberg buscava alguém para culpar pelo fim do relacionamento.

Pouco tempo depois, o seqüestrador conversou com o negociador pelo telefone, colocou a mesa para travar a porta do apartamento e houve a explosão. Nayara diz ter certeza de que Lindemberg não fez qualquer disparo minutos antes da invasão.

As 100 horas de seqüestro terminaram com Lindemberg preso e Eloá morta em conseqüência do tiro que recebeu na cabeça, além de outro na virilha. Nayara recebeu um tiro no rosto, passou por cirurgia e se recupera do trauma longe de Santo André. Diz não sentir raiva de Lindemberg, mas tem medo e diz não perdoá-lo pela morte da amiga.

“Eu não tenho raiva. Eu só não perdôo ele pelo que ele fez com a Eloá. Não por ele ter atirado em mim, mas por ele ter tirado a vida de uma pessoa maravilhosa. Ele pode ficar 30 anos na cadeia. No dia em que eu souber que ele vai sair, pode-se dizer que eu vou estar morrendo de medo”, disse.

Análise das declarações

A Polícia Militar de São Paulo informou que vai solicitar à Rede Globo a íntegra da entrevista de Nayara, para análise de suas declarações. A Polícia informou também que todos os esclarecimentos sobre o episódio já foram prestados pelos policias do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) nos dois inquéritos policiais – civil e militar – que apuram as responsabilidades sobre o caso de Santo André.

Fonte: Rede Globo

Essas Declarações com certeza esclarecem alguns fatos que ainda não haviam sido esclarecidos, essa entrevista foi dada a Rede Globo para o Fantástico, quem quiser assistir ao Video da Entrevista basta entrar em http://www.globo.com

A Tv Globo foi Muito bem na entrevista, não fez sensacionalismo nem nada, claro que a entrevista subiu audiência do Fantástico, mais mesmo assim essa entrevista termina de esclarecer e tirar dúvidas sobre o que faltava do Sequestro, pelo menos essa é a minha opinião.

Postado por Cleberson

‘Ela está confusa’, diz comandante da PM sobre Nayara

23/10/2008 Comentários desligados

O comandante da Tropa de Choque de São Paulo, Eduardo Félix, reafirmou na noite desta quarta-feira (22) que confia na versão de sua tropa de que houve tiro antes da invasão do apartamento no ABC e colocou dúvidas sobre a versão de Nayara Silva, adolescente que estava no local.

“Ela estava lá como vítima, em um local de crise”, disse. “Está confusa, e [pode] não entender esse exato momento”, completou.

O comandante fez a afirmação após a divulgação de detalhes do depoimento de Nayara, realizado nesta quarta em um hospital de Santo André. O conteúdo contradiz a versão do Gate e de vizinhos ouvidos pela polícia. “O Gate [Grupo de Ações Táticas Especiais] é altamente qualificado e tem a minha confiança. A ação foi provocada pelo disparo. Nós não tínhamos a intenção de invadir por uma questão técnica: não sabíamos onde estavam as reféns”, declarou.

Ainda sobre a versão de Nayara, ele diz que agora aguarda provas técnicas. “Existem laudos técnicos que darão todas as respostas.” E acrescentou: “respeito o depoimento da Nayara, assim como respeito o depoimento dos policiais”, afirmou.

O comandante da Tropa de Choque ainda aproveitou para refutar as críticas à ação da polícia. Para Felix, algumas pessoas estão aproveitando para se vender na mídia. “São pessoas que tentam se aproveitar de mídia gratuita para o seu comércio, para as suas aulas, e tentam denegrir a imagem do Gate. Isso é inadimissível”, disse.

Não houve tiro, diz Nayara

A jovem declarou à polícia que não ouviu nenhum disparo no apartamento onde era mantida refém minutos antes da invasão, de acordo com o delegado seccional de Santo André, Luiz Carlos dos Santos.

A jovem relatou que Lindemberg fez um disparo em direção ao teto entre 15h e 16h de sexta, em “um momento de nervosismo”, ainda segundo o delegado. Depois da invasão, ela se recorda de dois tiros, mas não relatou nenhum outro ocorrido instantes da ação policial. “Hoje, a Nayara afirmou taxativamente que não houve esse tiro”, disse o delegado seccional.

O coronel Eliseu Leite de Moraes, da Polícia Militar, disse que todas as circunstâncias da invasão serão apuradas. “Isso [o tiro] por si só não é o fator primordial. O que determina uma invasão é um risco insuportável e uma possibilidade de sucesso. A finalidade da PM é trazer a verdade e nós também queremos saber o que exatamente aconteceu”, afirmou.

Nayara foi ouvida pelo delegado responsável pelo caso, Sérgio Luditza, e pelo promotor Antonio Nobre Folgado. Psicólogos, integrantes do Conselho Tutelar, a mãe da jovem e o advogado contratado pela família, Ângelo Carbone, acompanharam o depoimento.

Fonte: Globo

Postado por Cleberson

Coronel e promotor minimizam importância de tiro para invasão do Gate

23/10/2008 Comentários desligados

O fato de ter havido ou não um disparo antes da invasão dos homens do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar ao apartamento onde Lindemberg Alves, de 22 anos, mantinha duas reféns, na sexta-feira (17), é considerado irrelevante tanto pelo coronel Eliseu Leite de Moraes como pelo promotor Antônio Nobre Folgado.

O primeiro irá presidir o inquérito policial militar (IPM) que investigará a operação, e o segundo deverá apresentar a denúncia contra Lindemberg ao término do inquérito conduzido pela Polícia Civil de Santo André, no ABC.

Nayara Silva, de 15 anos, declarou em depoimento à polícia nesta quarta-feira (22) que não houve um tiro no apartamento onde era mantida refém por Lindemberg Alves, minutos antes da invasão, de acordo com o delegado seccional de Santo André, Luiz Carlos dos Santos.

Na ação, Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, ex-namorada de Lindemberg, e Nayara foram baleadas. Eloá teve a morte cerebral decretada na noite de sábado (18) pelos médicos que a atenderam no Centro Hospitalar Santo André.

Para o coronel Eliseu, o “tiro por si só não é o fator primordial” para avaliar se houve erro ou acerto na conduta dos policiais do Gate. “Nós, por enquanto, não vemos nenhuma falha. A finalidade do inquérito é dar transparência para que todos saibam exatamente o que aconteceu”, disse.

Segundo o coronel, há a possibilidade de Nayara ter se confundido. “Tudo indica que o Lindemberg deu três tiros depois da explosão, mas ela disse que ouviu apenas dois. Veja como há uma diferença nos depoimentos”, acrescentou. Ele não quis antecipar qualquer possibilidade de sanção aos policiais que atuaram no caso. “Se for comprovado qualquer erro, pensaremos nas medidas a serem adotadas”, disse. O IPM deve durar 30 dias. Se for necessário, pode se estender por mais 90.

O promotor Antônio Nobre Folgado, que acompanhou o depoimento de Nayara nesta quarta, disse, por sua vez, que o fato do tiro ter sido dado antes ou não “não tem a menor relevância para o inquérito”. “A ação da polícia foge do meu âmbito. Se teve uma conduta correta ou não, cabe ao inquérito policial militar [IPM] esclarecer”, disse.

De acordo com o promotor, Lindemberg responderá criminalmente por uma série de crimes. “Pelo que eu já tenho, o crime mais forte é a morte de Eloá. Por este crime, ele responderá por homicídio duplamente qualificado, os qualificadores sendo motivo torpe e sem possibilidade de defesa. Além disso, responderá por tentativa de homicídio qualificado da Nayara e também de um sargento da PM. E ainda quatro processos por cárcere privado e por crime de disparo de arma de fogo. Enfim, são vários crimes pelos quais ele será denunciado”, disse.

Se condenado no final do processo, Lindemberg poderá pegar uma pena mínima de 25 anos de prisão, na estimativa do promotor. O inquérito policial deverá ser concluído em 10 dias; ou seja, até o início da próxima semana, segundo o promotor. A partir daí, ele tem um prazo de cinco dias para elaborar e oferecer a denúncia contra o acusado. “Já tenho a convicção [dos crimes], mas alguns detalhes desta convicção podem ser alterados conforme o término do inquérito policial”, finalizou.

Fonte: Globo

Postado por Cleberson

Nayara diz à polícia que não houve tiro antes da invasão

23/10/2008 Comentários desligados

Ela apareceu sorrindo, carregando um bicho de pelúcia. No rosto, o curativo cobre o ferimento por onde a bala entrou. Na boca, o aparelho implantado de manhã, para substituir o velho, quebrado pelo impacto do tiro.

Nesta quarta-feira, Nayara Rodrigues da Silva nem parecia a mesma menina que chegou ao hospital, cinco dias atrás.

Ainda em recuperação, ela seguiu a orientação médica de não dar entrevistas. Nayara acenou e, em seguida, deixou o hospital.

Sobre o depoimento que ela havia prestado pouco antes, o delegado foi direto ao ponto: Nayara ouviu ou não Lindemberg disparar dentro do apartamento, pouco antes da invasão da polícia?”

“O Lindemberg segundo a versão da Nayara não deu um tiro antes da explosão, o que ela informa é que ele deu um tiro por volta de 15,16 horas, num momento de nervosismo para o teto”, informou Luiz Carlos Santos, delegado.

Segundo o delegado, Nayara disse que, no momento da invasão, ela, a amiga Eloá e o seqüestrador Lindemberg estavam na sala. “Estavam lá assistindo televisão”, disse o delegado.

Nayara disse também que Lindemberg atirou nela e em Eloá depois da invasão. “Com o barulho ela jogou o lençol… e o edredon por cima, então ela não viu Ela percebeu dois tiros e daí em diante não se recorda de mais nada. Não se recorda de ter ouvido o terceiro tiro”, contou.

Sobre a volta ao cativeiro, Nayara deu ao delegado a seguinte explicação: “Tanto não queria entrar, porque ela se viu obrigada diante de ameaça de matar a colega dela”, afirmou.

A mãe de Nayara confirma que não autorizou a volta da filha para negociar pessoalmente com o seqüestrador.

“A informação através do tenente era que ela estava indo lá pra negociar por telefone. E no momento que nós chegamos na escola ela foi levada pra sala de negociações. Eu fiquei do lado de fora, conversando com o irmão mais velho da Eloá e quando virei pra porta ela tava saindo, mas eu não tive nem como falar com ela, porque ela estava ao telefone com o Lindemberg”, explicou Andréia Araújo, mãe de Nayara

Teria sido um erro da polícia? “Estava todo mundo cansado, querendo resolver aquilo logo, se foi uma falha, não sei te dizer como”, disse Andréia Araújo.

A mãe diz que não tem advogado. E que é cedo para falar sobre pedido de indenização do estado. “De acordo com o que for inserido no inquérito, que for provado, se tiver que cobrar alguma indenização, se eu achar que deve ser feito, vai ser feito. A princípio eu não decidi nada ainda”, informou.

Um promotor de justiça acompanhou o depoimento de Nayara. “Eu simplesmente acompanhei, não houve reperguntas porque isso não é previsto em lei, que o promotor acompanhe o ato do delegado. Eu simplesmente acompanhei para dar a garantia da lisura do ato praticado pela polícia”, disse Augusto Folgado, promotor.

Para o promotor, não importa se a PM entrou ou não na hora certa. Para ele, o que conta é a responsabilidade criminal de Lindemberg. “O crime mais grave, claro, é a morte de Eloá. Não resta a menor dúvida da autoria e não resta a menor dúvida do dolo, da vontade de matar por parte do Linderberg”, afirmou Folgado.

Um coronel Eliseu de Moraes que vai presidir o inquérito policial militar para apurar a conduta dos PMs na ação de Santo André.

“O disparo não é o fator primordial, somente ele. O que determina uma invasão é um risco insuportável e a probabilidade de sucesso. O tiro é também um fator determinante, mas ele por si só não é. Podia ser o grito da Eloá lá dentro…”, declarou o coronel Eliseu de Moraes, presidente do inquérito militar.

O coronel informou que os PMs que participaram da ação vão trabalhar normalmente durante o inquérito. “Não há nenhum indicador de que eles tenham cometido nenhuma ação grave, muito pelo contrário eles estavam ali para proteger”, disse.

E, mesmo antes de começar a investigação, o coronel já tem opinião formada. “Não houve erro. A finalidade do GATE era preservar a vida”, falou.

Antes de encerrar o inquérito, a polícia e o Ministério Público vão tentar ouvir Lindemberg Fernandes, o seqüestrador.

Até agora, ele não quis falar nada. O depoimento dele é importante para esclarecer os momentos finais do seqüestro.

A promotoria já anunciou que vai denunciar o rapaz por vários crimes, entres eles homicídio e cárcere privado.

Fonte: Globo

Postado por Cleberson

Nayara conversa com mãe de Eloá pelo telefone

Da Agência Estado

A estudante Nayara Rodrigues da Silva ligou hoje para a mãe da amiga Eloá Cristina Pimentel, segundo o Centro Hospitalar de Santo André, no ABC paulista, onde a garota está internada desde sexta-feira. Ela se recupera de um ferimento provocado por um tiro que recebeu no rosto enquanto era feita refém pelo o ex-namorado de Eloá, Lindemberg Alves, de 22 anos. O conteúdo da conversa não foi revelado pelo hospital, que também não informou se a ligação ocorreu antes ou após o sepultamento de Eloá, no cemitério Santo André, na Vila Humaitá.

Nayara queria ter participado do enterro da amiga, na manhã de hoje, mas os médicos a orientaram a não ir por conta de seu quadro clínico e também pela comoção que o caso produziu. A menina, então, pôde ligar para Ana Cristina. Nayara, de 15 anos, deve receber alta na quinta-feira, conforme avaliação médica. Segundo um grupo de psiquiatras e psicólogos que acompanham a estudante, ela não deverá depor ainda, já que está de luto, nem poderá retornar às aulas. Ela recebeu ontem a noticia da morte de Eloá, também de 15 anos.

O enterro da ex-namorada de Lindemberg teve a participação de milhares de pessoas que se solidarizaram com a família. Desde a tarde de ontem, uma multidão já esperava o corpo da jovem para acompanhar o velório. Até o começo da manhã de hoje, cerca de 30 mil pessoas haviam passado pelo local, segundo a Guarda Civil Municipal. Ela ficou em poder do namorado por mais de 100 horas, o mais longo cárcere privado da história de São Paulo.

Fonte: Globo

Postado por Cleberson

‘Eu me senti revoltado’, diz pai de Lindemberg sobre o crime

22/10/2008 Comentários desligados

O pai de Lindemberg Alves, de 22 anos, José Luciano, que mora na Paraíba e perdeu o contato com o filho quando ele ainda era criança, disse ter se sentido revoltado com a atitude do rapaz. “Eu me senti revoltado, isso não é uma coisa que ninguém faça. Um cara novo que poderia procurar outro caminho, estudar. Não é coisa para ser humano não. É uma coisa muito triste”, afirmou.

Alves manteve a ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, refém durante 100 horas na casa da família dela em Santo André, no ABC, em São Paulo. Além da garota, uma amiga dela, Nayara Silva, de 15 anos, também ficou em poder do seqüestrador. Na sexta-feira (17), os dias de cativeiro acabaram de forma trágica. Eloá foi atingida com um tiro na cabeça e teve morte cerebral diagnosticada no sábado (18) e Nayara foi ferida com um tiro na boca, mas passa bem. A garota está internada e deve ter alta na quarta-feira (22).

Fonte: Globo

Postado por Cleberson

Mãe de Eloá diz que consegue perdoar Lindemberg

Ana Cristina Pimentel, a mãe de Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, fez um curto pronunciamento durante uma homenagem de amigos durante o velório da adolescente no final da noite desta segunda-feira (20) no Cemitério Jardim Santo André, em Santo André, no ABC. Em sua fala, a mãe afirmou que perdoa o ex-namorado de Eloá, Lindemberg Alves, de 22 anos, e que o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) do Batalhão de Choque da Polícia Militar não teve culpa no trágico desfecho no episódio em que sua filha permaneceu em cárcere privado por cerca de 100 horas.

“Eu consigo perdoar o Lindemberg. Ele era um garoto agressivo e possessivo. Espero que a justiça seja feita”, ressaltou. Em seguida, a mãe de Eloá fez um

agradecimento pelo apoio que vem recebendo. “Quero agradecer à população, que está prestando esta homenagem a Eloá e pela solidariedade. E agradecer aos jornalistas também”, disse.

Ana Cristina saiu em defesa dos policiais do Gate em seguida. “E quero dizer que o Gate não teve culpa de nada.” Antes de finalizar, comentou sobre a perda da filha. “Isso aqui é só carne. Ela está feliz em um lugar muito melhor”, encerrou, apontando para o corpo da filha no caixão e sendo aplaudida pelos jovens presentes. Ela deixou o velório por volta das 23h35 desta segunda e deve retornar ao local pela manhã para acompanhar o sepultamento.

Fonte: Globo

Postado por Cleberson

Eloá é enterrada em Santo André

O corpo de Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, foi enterrado, na manhã desta terça-feira (21), no Cemitério Santo André, no ABC.

As pessoas que acompanharam o cortejo aplaudiram a passagem do caixão. Os familiares seguiram ao lado do corpo protegidos da multidão por policiais militares. Eles jogaram rosas em cima do caixão no momento do enterro.

O pai da garota, Aldo Pimentel, teve uma crise de hipertensão, segundo familiares, precisou ser internado no hospital e não conseguiu comparecer nem ao velório nem ao enterro. Amigos que estudavam com a garota vestiam camisas nas quais estava estampado o rosto dela e passaram boa parte do enterro abraçados e chorando.

Fonte: Globo

Postado por Cleberson

Acaba cirurgia de Nayara e ela deve receber alta nesta quarta

22/10/2008 Comentários desligados

Acabou por volta das 10h40 desta quarta-feira (22) o procedimento cirúrgico feito na boca da adolescente Nayara Silva, de 15 anos. Ela foi atingida por um tiro no rosto após ficar refém do ex-namorado de sua amiga, Eloá Cristina Pimentel, em Santo André, no ABC.

Por volta das 9h30, havia sido divulgado um boletim médico do Centro Hospitalar Santo André com a informação de que o aparelho que sustentava os dentes da garota já havia sido retirado. O aparelho foi colocado na sexta-feira (17), dia em que ela foi levada para a unidade de saúde após ter sido ferida.

Depois, os médicos colocaram um outro aparelho ortodôntico mais simples para que a adolescente possa continuar o tratamento em casa. A previsão é que a garota tenha alta no final da tarde desta quarta.

A diretora do hospital, Rosa Maria Aguiar, acredita que a jovem terá condições de prestar depoimento assim que tiver alta. “Ela já tem advogado constituído, consciente de que ela pode prestar depoimento nas próximas horas”, afirmou a médica.

De acordo com a diretora do hospital, a adolescente continua se recuperando bem. “Nos últimos dias ela está muito bem, interagindo, apenas com a voz um pouco anasalada”, afirmou.

Polícia

Segundo a diretora do hospital, na tarde da segunda-feira (20), peritos do Instituto de Criminalistica foram até o local para pegar os projéteis retirados de Eloá e Nayara. “Fiquei com os dois projéteis retirados da virilha da Eloá e do rosto da Nayara. Encaminhei oficialmente os dois para o IC”, explicou Rosa.

Fonte: Globo

Postado por Cleberson

Parentes de receptores de órgãos de Eloá querem conhecer família da garota

22/10/2008 Comentários desligados

Parentes das pessoas que receberam os órgãos doados da adolescente Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos – que morreu após ser feita refém pelo ex-namorado, durante 100 horas em Santo André, no ABC – querem conhecer a família da garota. A mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel, disse durante o velório que gostaria de conhecer as pessoas que receberam os órgãos de sua filha. Até agora, foram transplantados coração pulmão, rins e pâncreas.

“Assim que o Emerson tiver alta a gente quer encontrar com ela [a mãe de Eloá] pessoalmente e agradecer. Ela ganhou um filho. Agora, para nós, ela faz parte da família também”, afirmou Edmilson Gentil Dardis, irmão de Emerson Dardis, o paciente de 25 anos que recebeu o pâncreas e um rim de Eloá.

Emerson é mecânico, mas estava afastado da profissão. Desde criança, ele convivia com a doença. De acordo com a médica nefrologista Irene Noronha, o paciente está bem. “Ele não urinava mais e já urinou 4 litros nessas 24 horas depois do transplante. O transplante do pâncreas também está evoluindo muito bem”, afirmou.

O outro rim de Eloá está num rapaz de 15 anos, que em uma semana deve ter alta. No total, cinco vidas tiveram uma segunda chance graças a decisão da família de Eloá.

Coração novo

A paraense Maria Augusta dos Anjos, que recebeu o coração da garota, deu um sorriso e um recado à família. “Quero mandar um recado para minha mãe e para o meu pai que eu estou muito bem e foi um presente de aniversário que Deus me deu esse coração”, disse.

“Antes do transplante ela não conseguia subir escadas. Até pentear o cabelo era uma atividade difícil. A partir de agora, ela deve ter uma vida normal, em termos de atividade física e tudo”, explicou a cirurgiã cardíaca, Luciana Fonseca.

Na Santa Casa de São Paulo, uma menina de 12 anos se recupera bem do transplante de fígado. No Instituto do Coração (Incor), uma jovem de 18 anos respira agora com os dois pulmões de Eloá.

Fonte: Globo

Repito o que eu Havia dito a alguns dias, pena que Eloá morreu, mais pelo menos ela conseguiu Salvar vidas.

Postado por Cleberson

Advogado de Nayara quer indenização de R$ 2 milhões

Contratado para defender a adolescente Nayara Silva, de 15 anos, o advogado Ângelo Carbone já decidiu uma de suas primeiras medidas: processar o Estado de São Paulo e pedir R$ 2 milhões de indenização para a família da jovem que foi ferida com um tiro no rosto no desfecho do seqüestro em Santo André, no ABC, na sexta-feira (17).

“Penso em R$ 2 milhões para cima. Os pais dela querem justiça”, afirmou Carbone na manhã desta quarta-feira (22). O advogado se baseou em, segundo ele, “falhas” que ocorreram durante o caso. “É um absurdo ela ter voltado (ao cativeiro). Uma loucura. Ela não tinha autorização dos pais. Quem fez isso vai ter de responder”, disse Carbone.

Ele se referia ao fato de Nayara ter voltado ao apartamento de Eloá Cristina Pimentel, 15, a amiga que era feita refém pelo ex-namorado Lindemberg alves, 22, desde segunda-feira (13). Nayara também estava no imóvel, mas havia sido libertada no dia seguinte. No entanto, quis voltar ao local para ajudar nas negociações. Carbone culpou a polícia por ter deixado que ela tomasse a atitude. “O Estado a colocou em uma situação em que quase morreu”.

Na ação, o advogado pedirá também que o governo arque com todas as despesas de tratamento psicológico e médico para Nayara para que ela “não fique mendigando nada”. Ele previu que a menina “terá problemas na escola e no trabalho” por causa do trauma sofrido.

Depoimento

Carbone afirmou que pretende levar a adolescente ainda na tarde desta quarta para depor. As declarações de Nayara são consideradas fundamentais no inquérito para que se saiba como foram os últimos momentos antes e depois da invasão do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), tropa de elite da PM.

O advogado, que assumiu o caso apenas na terça-feira (21), disse que o depoimento deve ser no fórum de Santo André, na presença de um promotor e do delegado do caso. Uma psicóloga acompanhará tudo. “Não vai ter pressão. Ela não vai ficar ficar 6 horas sofrendo”, afirmou Carbone, que chamou Lindemberg Alves de “psicopata” e “assassino frio e calculista”.

Fonte: Globo

Postado por Cleberson

Seqüestrador pode pegar até 35 anos de prisão, segundo especialista

No apartamento, peritos do Instituto de Criminalística apreenderam dois revólveres calibre 32 e cinco cápsulas disparadas. Os peritos já avisaram aos vizinhos que vão voltar para concluir o laudo, que deve ser entregue à polícia em 30 dias.

Lindemberg esteve na delegacia, nesta sexta-feira à noite, por cerca de uma hora e, segundo a secretaria de segurança pública, permaneceu o tempo todo calado. Em seguida, foram ouvidos os depoimentos dos homens do grupo de ações táticas especiais que participaram da operação.

Lindemberg Alves está sozinho em uma cela, isolado dos outros presos, por razões de segurança.

Ele foi transferido por volta das 2h de Santo André para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na Zona Oeste da cidade de São Paulo.

A unidade onde o rapaz está agora fica a aproximadamente 40 quilômetros de distância do local do seqüestro.

Neste sábado, foi dia de visitas no centro de detenção provisória. Mas Lindemberg só poderá receber visitas daqui a 10 dias e, por isso, nenhuma pessoa da família foi vista por lá, neste sábado.

A moto de Lindemberg ficou estacionada perto do local do seqüestro. O apartamento onde ele morava com a mãe, poucos metros de lá, está trancado. Só a área de serviço ficou aberta.

A família de Lindemberg tem procurado não se expor. Estariam todos muito abalados com o que aconteceu. E os parentes têm um cuidado especial com a mãe dos seqüestrador, Dona Maria.

Ela ainda não estava sabendo dos tiros em Eloá, como conta, por telefone, um cunhado de Lindemberg.

“Nós falávamos que ela estava bem, que só foi o estilhaço da bomba que atingiu ela: ‘Dona Maria das Dores, ela ficou bem’. O que nós falamos pra ela foi: ‘está tudo bem, não aconteceu nada’”, contou o cunhado.

Vizinhos dizem que Dona Maria está em um apartamento, de uma filha, na mesma rua onde houve o seqüestro. Parentes desmentem.

Lindemberg nasceu na Paraíba e se dizia bom de bola. Seu apelido era Liso e, segundo amigos, mudou de personalidade, depois do fim do namoro com Eloá.

“Ele nunca demonstrou ser agressivo, ele sempre foi um rapaz tranqüilo, levava tudo na brincadeira. Ele fazia pouco tempo que tinha terminado com ela, então ele estava bastante ainda agitado com a decisão que eles tinham tomado”, contou o amigo de Lindemberg, Anderson Libório.

Um dos colegas que estudavam com as meninas no dia do seqüestro contou a obsessão de Lindemberg por Eloá.

“Tudo o que ela falava era dela. Mandou colocar música, falou: essas músicas eu lembro dela”, lembrou ele.

Logo após ser preso, Lindemberg foi levado para a delegacia. Depois para a cadeia pública de Santo André. Lá ficou em uma cela individual. Na madrugada foi transferido para um centro de detenção provisória na Zona Oeste de São Paulo.

Lindemberg não tem mais advogado. Eduardo Lopes que, neste sábado, foi visitar as meninas no hospital, explicou porque renunciou da defesa do seqüestrador.

“Eu estou renunciando o caso porque houve uma quebra de confiança. Após duas horas, praticamente, aguardando que o Lindemberg se entregasse, ele não cumpriu”, disse o advogado.

Para o advogado criminalista, Leonardo Pantaleão, Lindemberg, se for condenado, pode pegar até 35 anos de prisão.

“O Lindemberg cometeu basicamente três tipos de crime diferente. Ele cometeu cárcere privado, ele cometeu o disparo de arma de fogo e ele também praticou duas tentativas de homicídio qualificado. O falecimento de qualquer das vítimas, neste caso, vai fazer com que a gente tenha um outro cenário jurídico, que é o homicídio consumado e uma tentativa de homicídio”, acredita Leonardo Pantaleão.

Fonte: Globo

A Notícia não fala sobre a morte de Eloa, pq foi feita Sábado a Noite, e Eloa morreu a 1h da Madrugada de Sábado para Domingo, Resovemos colocar esta notícia, só pra informar quanto tempo de Cadeia pode pegar o Lindemberg. Que por Sinal Tem que Pagar pela Morte da Menina, Só lembrando que ontem fez exatos 8 dias que Esse Caso toma conta do Brasil, pena que na Sexta-Feira o Fim do Sequestro foi Trágico, e que a Eloá morreu no Sábado.

Postado por Cleberson

“Jornalista não é negociador”, critica Datena

20/10/2008 3 comentários

Claudio Leal

No turbilhão do seqüestro das garotas Eloá e Nayara, o apresentador do programa “Brasil Urgente” (Bandeirantes), José Luiz Datena, criticou no ar as entrevistas feitas por outras emissoras com o seqüestrador Lindemberg Alves, em Santo André (SP).

A Rede Record, a RedeTV! e a Rede Globo ouviram o seqüestrador, por telefone, antes da ação da polícia. Datena, da Band, afirma que teve acesso ao número de Lindemberg, mas optou por não ouvi-lo. Em entrevista a Terra Magazine, o apresentador esclarece que não fez críticas específicas a jornalistas, mas à interferência da mídia no teatro do crime. “(Jornalista) não é negociador. Negociador é negociador”. Expõe sua visão da cobertura:

– Uma palavra errada que você coloca, o cara pode pegar e matar alguém lá dentro. O fato de ele ter falado muito em televisão e aparecido muito em televisão pode ter prolongado o seqüestro, sim. Se o cara estava se sentindo o “rei do gueto”, como ele falou… Isso pode ter prolongado – diz Datena.

Para ele, a imprensa não é responsável pelo desfecho trágico. Antes de julgar os policiais, prefere esperar o resultado da perícia. Guarda, porém, uma avaliação crítica do episódio e defende que ele pode servir de lição para as próximas coberturas:

– Isso tudo pode influenciar. Não é legal. Na verdade, uma cobertura como essa serve pra todo mundo aprender: a polícia, a televisão, a imprensa. Se você isola aquele local e o cara não tem imagem de televisão, acho que a situação seria outra.

Leia a entrevista:

Terra Magazine – Por que o senhor criticou a posição da imprensa de entrevistar o seqüestrador Lindemberg?
José Luiz Datena
– Eu não critiquei a opinião da imprensa, meu irmão. Critiquei o fato de terem colocado no ar… É exatamente isso que estou falando pro meu diretor agora. Critiquei o fato de, isoladamente, algumas pessoas da imprensa colocarem o sujeito, que estava sob forte pressão, com arma na cabeça de duas crianças, pra falar no ar. Primeiro que jornalista não é preparado para conversar com seqüestrador.

Não é negociador?
Não é negociador. Negociador é negociador. Não estou dizendo que o negociador da polícia cometeu erro. Se o cara que está preparado pra negociar comete erros, imagine então um sujeito que não é preparado. O cara que apresenta bem, que é bom repórter, é bom jornalista, necessariamente não é um cara preparado pra falar com um seqüestrador.

Nesses momentos, quais são os cuidados que um telejornal popular precisa tomar?
Primeiro lugar que não é telejornal popular, meu irmão. É qualquer jornal. Não foi só telejornal popular que entrevistou.

Mas, no caso, o senhor criticou o programa da Sonia Abrão.
Não foi Sonia Abrão coisa nenhuma! Eu nem sabia que ela tinha entrevistado o cara. Quem estava entrevistando era a Record. A Globo entrevistou o cara também…

Sim…
Ninguém falou de Sonia Abrão, especificamente. Eu nem estava sabendo que Sonia Abrão já tinha entrevistado o cara. É que, no meu horário, eu tinha o telefone do cara e me sugeriram falar com ele. Eu disse: “Não vou falar com o cara coisa nenhuma”. “Ah, mas a Record tá dando…”. Isso é problema da Record, não é problema meu. Não faço isso.

Isso influencia o comportamento do seqüestrador?
Não é questão de influenciar. Uma palavra errada que você coloca, o cara pode pegar e matar alguém lá dentro. O fato de ele ter falado muito em televisão e aparecido muito em televisão pode ter prolongado o seqüestro, sim. Se o cara estava se sentindo o “rei do gueto”, como ele falou… Isso pode ter prolongado.

A cobertura foi sensacionalista?
Não sei se foi sensacionalista, mas eu sei uma coisa: se fosse só eu que tivesse entrevistado o cara, tava todo mundo metendo o pau em mim.

Em outros os momentos, o senhor errou pra justificar esse tipo de crítica?
Quem errou?

Em coberturas anteriores, houve erros que justificassem essas críticas?
Você vai aprendendo com o tempo. Agora, não foi a imprensa a principal culpada pelo cara ter matado. Aliás, temos que esperar a perícia, pra ver realmente quem atirou. Não foi a imprensa a culpada disso tudo. Eu critiquei algumas pessoas que também não são as culpadas, do meu ponto de vista. Acho que não é legal fazer isso. É minha opinião.

O senhor disse que tinha o telefone do seqüestrador e optou por não ligar, é isso?
Optei por não entrevistá-lo.

Avaliou que isso prejudicaria as negociações?
É… Mas não estou dizendo que a imprensa foi a culpada ou essas pessoas. Nem sabia que Sonia Abrão tinha entrevistado! Até falei isso no programa de sexta-feira. Não sei por que a Sonia Abrão tá metendo o pau em mim. Não falei o nome dela. Mesmo porque sempre tive ela em alta consideração.

E falou isso no ar.
Nem sabia que era ela. É que o sujeito estava dando uma entrevista, não sei se era gravada ou não, pro telejornal da Record. Todo mundo me critica – “Ah, o cara faz entrevista sensacionalista…” – e eu não coloquei o cara no ar. Acho que fui o único da televisão que não colocou. Não quero dizer que eles foram responsáveis pela tragédia que aconteceu.

Mas não cria um ambiente, em torno do seqüestro, que prejudica a negociação da polícia?
Você não viu? O cara falou que era o “rei do gueto”. Aparecendo em tudo que é televisão… O fato de a menina ter voltado pra lá também. Sei lá por que ela voltou pra lá, entendeu?

Isso está em outra esfera?
Pode ser a mesma também. Porque ela estava aparecendo na televisão. Isso tudo pode influenciar. Não é legal. Na verdade, uma cobertura como essa serve pra todo mundo aprender: a polícia, a televisão, a imprensa. Se você isola aquele local e o cara não tem imagem de televisão, acho que a situação seria outra. Mas não foi o fator fundamental que propiciou a tragédia. Mesmo porque não foi ninguém da imprensa que foi resgatar as meninas. Outra coisa: falam aí que a polícia americana acha que houve falhas… Qual foi a maior falha de segurança em termos de história contemporânea?

O 11 de Setembro?
Ué! Os caras enfiaram dois aviões dentro daquelas Torres Gêmeas e mais uma avião na casa de guerra dos americanos, na maior potência do mundo. Não souberam como agir na hora. Quem são eles pra ficarem criticando a ação da polícia brasileira? Deviam olhar para o próprio quintal. O mais lamentável em tudo isso foi o desfecho. Ninguém queria que isso acontecesse. Não sei se você concorda comigo, mas é minha opinião.

Nenhuma crítica específica?
Não é específica. É minha opinião. Sempre dei minha opinião. E não gostei quando disseram: “Ah, Datena criticou os colegas…” Não critiquei colegas.

Há problema em criticar colegas? Não seria corporativismo evitar fazer críticas?
Todo mundo me critica. Eu critiquei quem colocou as entrevistas no ar. E, naquela hora, era uma crítica específica ao “Jornal da Record”, que estava colocando o cara no ar. Me disseram: “A Record tá colocando o cara…” Não coloquei. O cara está seqüestrando… Bandido não fala através de televisão, não fala através de jornal. Fala através de advogados, da justiça.

Fonte: Terra Magazine