Mensagem do Dia – Por Dom Fernando Figueiredo (Site da Rede Vida)
03/03/2009
Mt 6, 7-15: A verdadeira oração
Texto bíblico: “…”.
Para os judeus, a oração formal era prescrita 3 vezes ao dia. Os rabinos tinham uma oração para cada ocasião. Jesus alerta os discípulos contra o formalismo, tornando a oração algo mecânico. Ele lhes ensina sua prece filial e que a Igreja conserva como preciosa herança transmitindo-a solenemente por ocasião do batismo, exortando a renovar em seu coração o santo mistério da oração do Senhor. O Apóstolo s. Paulo invoca esta “tradição” como presente na celebração eucarística e devendo guiar a conduta cristã.
Jesus oferece constantes exemplos e belos ensinamentos a respeito da vida de oração, que deverá constituir uma característica essencial dos que desejam entrar no Reino dos Céus. A oração do Pai-Nosso, sempre presente nas assembléias litúrgicas, foi muito comentada pelos Santos Padres, seguindo quase sempre a fórmula do Evangelho de S. Mateus, que nos apresenta uma versão mais desenvolvida. “Assim orareis três vezes ao dia”, recomenda a Didaqué, antes de transcrever o Pai-Nosso. A recomendação de “entregar” esta oração aos catecúmenos, comentando-a é feita por muitos Padres, entre os quais Tertuliano, S. Cirilo de Jerusalém, S. Agostinho e S. Pedro Crisólogo.
S. Agostinho considera que da mesma forma como através do Símbolo se faz profissão das verdades da fé cristã, no Pai-Nosso se contém o que é objeto da virtude teologal da esperança, à qual se segue a caridade: “Nesta confissão de fé, contida brevemente no Símbolo e que, considerada materialmente, é alimento dos pequenos, mas, contemplada e tratada espiritualmente, é alimento dos fortes, nasce a nova esperança dos fiéis, à qual acompanha a santa caridade”. E acrescenta o bispo de Hipona: “Por conseguinte, só a Deus devemos pedir tudo o que esperamos para fazer o bem e para conseguir o fruto das boas obras”.